Um levantamento inédito feito pela Agência mostra que os medicamentos genéricos foram o tipo de produto mais comercializado pela indústria farmacêutica em 2016, no Brasil. Das 4,52 bilhões de embalagens distribuídas pelas empresas do setor no ano passado, 1,46 bilhão foram da categoria dos genéricos, o que representou 32,4% do total. Em segundo lugar, em termos de quantidade, ficaram os remédios similares, que são uma espécie de genéricos com “marca”, totalizando 1,42 bilhão de embalagens vendidas. E, em terceiro, os chamados medicamentos novos (925,71 milhões).
Essas e outras informações constam na segunda edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016, elaborado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e lançado nesta quinta-feira (14/12), em Brasília, pelo diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa. “O destaque do produto genérico no mercado representa o êxito das políticas públicas do Governo Federal para a promoção do acesso da população a medicamento de qualidade e com preços mais acessíveis”, afirma Jarbas Barbosa.
O levantamento da Anvisa aponta também o grande potencial do parque industrial brasileiro na produção de genéricos. Das 20 empresas com maior faturamento com a venda deste tipo de produto, 16 são nacionais. Destas, três são públicas: Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 8º lugar; Fundação para o Remédio Popular, 16º; e Instituto Vital Brazil, em 17º. Atualmente, 89 empresas têm autorização da Anvisa para comercializar produtos genéricos. Juntas, elas têm 2.119 produtos registrados. Em 2016, o faturamento da indústria com os genéricos foi de R$ 8,58 bilhões.
De acordo com o levantamento da Anvisa sobre o mercado farmacêutico, os medicamentos biológicos, produzidos a partir de moléculas mais complexas (material genético ou alteração de genes), tiveram crescimento da comercialização em 2016, chegando a mais de 213,2 milhões de embalagens vendidas pela indústria. A compra desses produtos é concentrada pelo governo (União, Estados e Municípios) para o atendimento de demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente para o tratamento de doenças crônicas, como as neoplasias (câncer). Ao todo, 64 empresas comercializaram 255 medicamentos biológicos, com faturamento de R$ 12,14 bilhões em 2016.
Pela classificação da Anvisa, há também a categoria de medicamentos “específicos”*, que, em 2016, tiveram volume de distribuição de 494,52 milhões de embalagens (R$ 3,77 bilhões). De acordo com dados do anuário, 93 empresas fabricaram um total de 419 produtos deste tipo.
O Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico 2016, com dados inéditos do setor, pode ser consultado, na íntegra, no Portal Anvisa.
A publicação traz informações sobre o volume de vendas da indústria de medicamentos, tipo de produto mais vendido, faturamento e o ranking das empresas que atuam no Brasil. Além disso, o levantamento inclui os principais princípios ativos usados e a distribuição geográfica dos fabricantes detentores de licença para produzir e comercializar produtos, entre outras informações. Para a Anvisa, o lançamento do anuário contribui para dar mais transparência aos dados da indústria farmacêutica no País.
*São produtos farmacêuticos, tecnicamente obtidos ou elaborados, com finalidade profilática, curativa ou paliativa não enquadrados nas categorias de medicamento novo, genérico, similar, biológico, fitoterápico ou notificado e cuja (s) substância (s) ativa (s), independente da natureza ou origem, não é passível de ensaio de bioequivalência, frente a um produto comparador.
Veja a apresentação completa feita pelo diretor-presidente, Jarbas Barbosa, o áudio e as fotos da coletiva de imprensa.
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