Após um dia de intenso movimento, com realização de oficinas, minicursos, palestras, mesas-redondas e circuitos de práticas, foi oficialmente aberto na noite desta quarta-feira, dia 15 de novembro, o I Congresso Brasileiro de Ciências Farmacêuticas, que será realizado até sábado, em Foz do Iguaçu, Paraná. Promovido pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e Fundação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (FBCF), em parceria com o Ministério da Saúde, o congresso reúne 4 mil participantes, entre farmacêuticos, estudantes de Farmácia, profissionais da saúde e convidados. É o maior realizado pelo setor farmacêutico este ano.
Em uma solenidade diferente, em formato de um talk show em que foram abordados os temas de maior interesse da profissão, o presidente de honra do congresso e vice-presidente do CFF, Valmir de Santi, foi o primeiro a falar. Ele deu as boas-vindas aos participantes, que lotaram o auditório principal do Rafain Palace Convention, e apresentou os números do evento: 110 palestras e mesas redondas, 27 cursos e 10 oficinas, entre outras atividades; mais de 250 palestrantes, sendo 20 internacionais; e 926 trabalhos científicos. “Agradeço a confiança de todos os que aqui vieram e à equipe do Sistema CFF/CRFs, pelo trabalho conjunto e apaixonado na construção de um congresso dessa magnitude”, discursou.
Em seu pronunciamento, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, acompanhado de sua mulher, a vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti, fez um importante anúncio à categoria farmacêutica: em vinte dias será incluída, na Tabela de Procedimentos SIA/SUS, o código para remuneração dos atendimentos clínicos realizados por farmacêuticos. A intenção é valorizar o farmacêutico como um grande aliado nas estratégias para, não apenas reduzir custos com a assistência à saúde, mas melhorar a qualidade do atendimento prestado aos usuários do SUS.
Segundo Ricardo Barros, que retardou as comemorações do seu aniversário para estar presente ao evento, o Ministério da Saúde economizou 4 bilhões reais com medidas de gestão mais eficiente. Desse total mais de 70% está relacionado a redução de gastos com a compra de medicamentos. A economia foi obtida por meio da negociação com fornecedores e também de um maior controle de estoques e do melhor desempenho melhor e evolução na área de assistência farmacêutica.
“A inclusão de um código específico para os farmacêuticos na tabela SIA/SUS era uma reivindicação antiga, pleiteada há muito pelo CFF junto ao Ministério da Saúde”, comemorou o presidente do CFF, Walter da Silva Jorge João. “Com o seu trabalho, os farmacêuticos gerarão receita para as redes municipais e estaduais de saúde, além de proporcionar maior economia e resolutividade na assistência aos usuários do SUS”, complementou.
A presidente da Federação Farmacêutica Internacional (FIP), Carmen Peña, também presente à abertura, encantou-se com o “mar de farmacêuticos” em que se transformou o auditório. “É apaixonante! Estamos vivendo hoje, no Brasil, em Foz do Iguaçu, um momento histórico da Farmácia Brasileira. Vocês estão implementando o que, há 30 anos, alguns loucos, muito poucos em lugares diferentes do mundo, começaram a pensar e a dizer, que nosso objetivo como profissionais da saúde é o paciente. O medicamento é uma ferramenta farmacológica a serviço da saúde. Para melhorar, salvar ou paliar a enfermidade.”
Durante o talk show, o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS), Renato Teixeira Lima, representou o ministro Ricardo Barros. Em resposta ao apresentador sobre as medidas que seriam necessárias para a efetiva implantação do cuidado farmacêutico no SUS, ele reconheceu a excelência do farmacêutico na orientação sobre medicamentos e a urgência em inserir o atendimento clínico farmacêutico na rotina do sistema.
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