O Tempo - 04/05/2016 às 17:20:40

Sem fosfo, pacientes recorrem a pílula importada contra câncer

A sanção pela presidente Dilma Rousseff de uma lei que autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética – também conhecida como a “pílula do câncer” –, no mês passado, ainda não permitiu que pacientes tenham fácil acesso à substância. Com a mesma dificuldade de antes da lei, boa parte deles está buscando suplementos à base de cálcio, magnésio e potássio que são comercializados no exterior e que podem ser importados pela internet.

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(FOTO: Reprodução/Faceboook)


 Alguns grupos de discussão em rede sociais foram criados para troca de dicas e informações, além de incentivarem a compra das pílulas de calcium EAP (fosfoetanolamina de cálcio), magnesium AEP (fosfoetanolamina de magnésio) e membrane complex (fosfoetanolamina de cálcio, magnésio e potássio).

“Minha esposa usa CA-AEP 500 mg desde janeiro de 2016, comprada nos Estados Unidos. O valor é de cerca de US$ 10 para 60 drágeas. No Brasil, há vários sites em que o suplemento pode ser encontrado, mas alguns com valores abusivos. O mais revoltante é que a Receita Federal do Brasil ainda taxa o produto, alegando que é suplemento e não remédio”, conta o estudante de medicina Roberto Dutra, 51. A esposa dele luta contra um tumor no intestino delgado desde 2006.

No final do ano passado, em depoimento à Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o próprio cientista Gilberto Chierice, criador da fosfo sintética no Brasil, já havia comentado sobre esses suplementos.

“A toxicidade da fosfoetanolamina é conhecida há mais de 50 anos. É possível comprar fora do país, tanto na Europa quanto nos EUA, uma substância que é a mesma utilizada nas doenças neoplásicas como repositor de cálcio. É totalmente segura, e lá fora é possível encontrá-la em supermercados, porque é vendida como suplemento alimentar”.

Médico desaconselha. De acordo com o médico José de Felippe Júnior, que está escrevendo um livro sobre a fosfoetanolamina, esses suplementos possuem exatamente a mesma fórmula da pílula desenvolvida inicialmente na cidade de São Carlos (SP), no Instituto de Química da USP. Mas, depois de estudar mais de 540 trabalhos sobre o uso da fosfo, Júnior disse ter orientado seus pacientes a suspender o uso dos suplementos. “Sou contra o uso no tratamento de câncer pela razão de que, quanto maior a quantidade da substância no citoplasma, maior é a proliferação celular”, ressalta.

Portanto, como os suplementos possuem a mesma fórmula, os riscos seriam os mesmos. “O médico alemão Hans Nieper, que foi o primeiro a realizar estudos clínicos com a fosfo, nunca usou para tratar câncer. Já para a esclerose múltipla ela funciona em mais de 80% dos casos”, afirma. Segundo Júnior, essas informações foram enviadas à Anvisa e ao CFM.

 







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