Na última sexta-feira, 11/2, reunião na sede do CRF/MG, e também com participação online, contou com a presença de autoridades e representantes sindical e do Conselho de Saúde Estadual para discutir a terceirização dos serviços da farmácia hospitalar em várias unidades da rede Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
A instituição quer transferir os serviços de saúde para organizações não sociais, ou seja, subcontratar a administração, que ficará responsável pela gestão dos serviços de farmácia ou até mesmo, a gestão completa, como fez no Hospital João Penido, em Juiz de Fora.
Há alguns meses, essa postura pretendida pela Fhemig preocupa o CRF/MG, pois a terceirização dos serviços compromete a assistência farmacêutica prestada pelos farmacêuticos aos pacientes e, principalmente, a qualidade dos serviços prestados aos usuários do SUS.
Durante a reunião, participantes argumentaram que esse modelo contradiz os princípios do SUS e já demonstrou ser extremamente falho onde foi adotado, como deixou claro a Conselheira Estadual de Saúde de Goiás e diretora do SindSaúde-GO daquele estado, Néia Alves. “É um atendimento extremamente ruim para os pacientes e precariza as condições de trabalho e do salário do trabalhador”, ressaltou Néia.
Preocupados com essa situação que pode se repetir em Minas, farmacêuticos mineiros que atuam nas unidades da Fhemig pedem ajuda ao CRF/MG, ao Conselho Estadual de Saúde, ao Sinfarmig-MG e ao Poder Legislativo.
Para a presidente do CRF/MG, Júnia Célia de Medeiros, “é preciso construir propostas que possam reverter essa situação, porque essa é uma posição arbitrária e desfavorece a autonomia dos serviços prestados na assistência farmacêutica nas unidades da rede Fhemig”.
A deputada Ana Paula Siqueira, que também participou da reunião, se dispôs a contribuir na interlocução com outros deputados mineiros e estudar melhor alternativa para conter essa proposta da administração da Fhemig. “É preciso mobilização intensa e o clamor social, com participação do Conselho Estadual de Saúde, para barrar esse processo”, enfatizou a parlamentar.
Para o Diretor do Sinfarmig, Rilke Novato Públio, “essa confiança dos farmacêuticos nas entidades é bastante importante. Entretanto, temos que lembrar que o que acontece na Fhemig e em vários municípios mineiros é um projeto de terceirização do serviço público em todas as instâncias. Daí a importância da movimentação de todos os trabalhadores, informando aos familiares, amigos e opinião pública, o que se passa nesse momento e qual a consequência disso para as pessoas atendidas no SUS. E lutar nesse momento para reverter essa situação”
Os farmacêuticos da Fhemig e as entidades presentes discutiram estratégias e propostas para abordar essa discussão e tentar reverter essa decisão junto à diretoria da Fhemig.
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